quinta-feira, 24 de março de 2011
Uma réstia de bom senso
Amanhã a ADD vai ser enterrada. Ser enterrada não quer dizer que esteja morta. Só espero que não sejam os professores cordeirinhos nas escolas a arranjarem mais um sopro de vida à maior aberração do nosso sistema educativo.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Música Tamanha
Sérgio Godinho no Porto, 4 de Dezembro. Tanta música, música tamanha, mais um dia no resto da minha vida.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
e agora, povo?
Alguma coisa vai muito mal quando são os empregadores, incluindo o governo, a encher a boca a lembrar que a greve é um direito constitucional dos trabalhadores. Vejo mais incentivos à greve por parte do governo do que por parte de alguns sindicatos. Fazendo greve estamos apenas a fazer a única coisa que o governo consegue prever. Eu gostava de lhes trocar as voltas. Eles sabem que vão continuar no poder, mais alaranjado ou rosáceo, eles vão lá estar. Não é uma greve geral que lhes tira a confiança. Eu gostava de os assustar.
Faço greve por aqueles que não a podem fazer. Os desempregados, os reformados, os desgraçados. Não faço greve para mostrar o meu descontentamento, isso faço quando voto.
Gostava que esses pelos quais faço greve votassem por mim.
Faço greve por aqueles que não a podem fazer. Os desempregados, os reformados, os desgraçados. Não faço greve para mostrar o meu descontentamento, isso faço quando voto.
Gostava que esses pelos quais faço greve votassem por mim.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Os compromissos
Nós cumprimos os nossos compromissos. Compramos e pagamos submarinos; mandamos soldados para o Afeganistão; recebemos os generais da nato e guardamo-lhes as costas com blindados que compramos alegremente. Podem contar connosco.
Não há outros compromissos. Podemos baixar os salários anteriormente negociados. Podemos esquecer tudo o que dissemos para nos fazermos eleger. Podemos falhar todas as previsões, dizer todos os disparates, porque o nosso corpo está fechado.
Merda de povo.
Não há outros compromissos. Podemos baixar os salários anteriormente negociados. Podemos esquecer tudo o que dissemos para nos fazermos eleger. Podemos falhar todas as previsões, dizer todos os disparates, porque o nosso corpo está fechado.
Merda de povo.
terça-feira, 20 de julho de 2010
“Escola” é só uma palavra com seis letras
Agora não se diz “escola”. “Agrupamento” é que é. “Professor” é “equipa pedagógica”, “aluno” só é criança se tiver mais de vinte mequetrefes à sua volta e só atinge a plenitude num Agrupamento de pelo menos mil “utentes”.
Seis é pouco, “escola”, já foi.
Seis é pouco, “escola”, já foi.
Há sempre alguém que diz sim
A estratégia do ministério da educação para fazer os agrupamentos de escola que poupam uns cobres com as chefias nas escolas foi muito curiosa. Primeiro, o segredo confiado, como quem partilha com um amigo uma prova de amizade; depois, a certeza de conseguir os peões para armar em cavaleiros e fazer deles os arautos da boa nova e os capatazes sabujos.
A coisa funcionou. Há sempre alguém que diz sim.
A coisa funcionou. Há sempre alguém que diz sim.
terça-feira, 27 de abril de 2010
As Leis da Física e o efeito Zelig
Desde Galileu que sabemos que os corpos que caem num plano inclinado chegam lá a baixo ao mesmo tempo, independentemente da sua massa. Foi o que aconteceu. À partida tínhamos:
– O corpo A, Medina Carreira que é doutorado em educação na universidade dos taxistas que o carregam para os estúdios de carnaxide e orientado pela filha nos almoços de domingo.
– O corpo B era o Nuno Crato, grande farol de uma coisa que não é ideologia a que chama psicologia moderna, que se opõe à psicologia modernaça, essa sim carregadinha de ideologia.
– O corpo C, Paulo Guinote, de aço forjado em escolas é bê dois três, temperado pela História e as Ciências da Educação.
– A Gravidade, essa é da estrela mais próxima, Mário Crespo.
Postos a rolar, aí vão eles no plano inclinado da educação. Estatelam-se na base, de acordo e, é claro, rigorosamente à hora do fecho do programa.
Numa análise mais fina não podemos ter em consideração apenas a massa, que como já vimos não é suficiente para que divirjam no plano inclinado.
Os corpos A, B e C tinham à partida configurações muito diferentes e por isso as forças de atrito entre cada um e o plano inclinado deveriam fazer com que cada grave caísse de um modo só seu.
– O corpo A de uma forma cheia de bicos para os professores, que são uns pobres coitados nas mãos de uns Gremlins alimentados depois da meia-noite;
– O corpo B cheio de experiências redondinhas e com uns óculos únicos que mostram que os professores andam todos ceguinhos, magnetizados pelos ETs modernaços que até conseguiram possuir a corajosa Maria de Lurdes, que de início bem tentou resistir, coitada;
– O corpo C que não tem esquerda nem direita, nem acima nem abaixo, mas que é de uma clareza cristalina pelo menos para muita da gente que anda nas siderurgias é bês e é esses, Agês e não Agês;
Como se explica então que tenham patinado em sincronia no plano inclinado e terminado brilhantemente com um isto está tudo fucked (digo fucked porque pelo que vejo, fodido não se pode escrever), e não vai p'ra melhor?
Para além da Gravidade, deve ter ocorrido o efeito Zelig. O corpo A apenas se encolheu um pouco. B viu nas excepções a confirmação das suas regras e C renegou o romantismo fazendo charme a B.
– O corpo A, Medina Carreira que é doutorado em educação na universidade dos taxistas que o carregam para os estúdios de carnaxide e orientado pela filha nos almoços de domingo.
– O corpo B era o Nuno Crato, grande farol de uma coisa que não é ideologia a que chama psicologia moderna, que se opõe à psicologia modernaça, essa sim carregadinha de ideologia.
– O corpo C, Paulo Guinote, de aço forjado em escolas é bê dois três, temperado pela História e as Ciências da Educação.
– A Gravidade, essa é da estrela mais próxima, Mário Crespo.
Postos a rolar, aí vão eles no plano inclinado da educação. Estatelam-se na base, de acordo e, é claro, rigorosamente à hora do fecho do programa.
Numa análise mais fina não podemos ter em consideração apenas a massa, que como já vimos não é suficiente para que divirjam no plano inclinado.
Os corpos A, B e C tinham à partida configurações muito diferentes e por isso as forças de atrito entre cada um e o plano inclinado deveriam fazer com que cada grave caísse de um modo só seu.
– O corpo A de uma forma cheia de bicos para os professores, que são uns pobres coitados nas mãos de uns Gremlins alimentados depois da meia-noite;
– O corpo B cheio de experiências redondinhas e com uns óculos únicos que mostram que os professores andam todos ceguinhos, magnetizados pelos ETs modernaços que até conseguiram possuir a corajosa Maria de Lurdes, que de início bem tentou resistir, coitada;
– O corpo C que não tem esquerda nem direita, nem acima nem abaixo, mas que é de uma clareza cristalina pelo menos para muita da gente que anda nas siderurgias é bês e é esses, Agês e não Agês;
Como se explica então que tenham patinado em sincronia no plano inclinado e terminado brilhantemente com um isto está tudo fucked (digo fucked porque pelo que vejo, fodido não se pode escrever), e não vai p'ra melhor?
Para além da Gravidade, deve ter ocorrido o efeito Zelig. O corpo A apenas se encolheu um pouco. B viu nas excepções a confirmação das suas regras e C renegou o romantismo fazendo charme a B.
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